ARTIGOS

Livro A regeneração da vida começa em mim

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Escolhi experiências que me trouxeram muitos aprendizados e reflexões recentemente. Em muitos momentos, tenho experimentado no corpo a luz e a sombra, não só de mim, mas dos conhecimentos que abraço. Nessa jornada pessoal e coletiva, já que me sinto cada vez mais conectada ao todo, a disciplina tem sido um desafio. Assim, escolhi algo simples que me ajudasse a evoluir nesse campo: postar diariamente em uma rede social um extrato de um mesmo livro que fosse uma contribuição a minha evolução e de outros. No meu quarto, há cerca de 50 livros. Dentre eles, alguns que gosto de reler vez em quando e outros tantos que aguardam a oportunidade de leitura. Pensamento óbvio foi eleger livros conhecidos. Folheei alguns e intuitivamente fui para fila dos não-lidos. Design de Culturas Regenerativas, de Daniel C. Wahl, veio para minhas mãos e folheando-o soube que era o livo que devia ler e compartilhar disciplinada e simultaneamente.

Hoje, no terceiro dia de leitura, pergunto-me porque não me deixo sempre levar pela parte de mim que sabe. Sim, porque acredito na sabedoria inata de todos os seres humanos e porque coisas muito boas acontecem quando consigo atuar a partir dessa conexão. Voltando ao livro, está sendo uma grata surpresa. A palavra regeneração já estava me rondando quando aderi à compra colaborativa do livro. Começo a entender porque. Em síntese, tudo o que tem me interessado nos últimos 10 anos tem como objetivo último criar espaços para uma vida melhor, seja em pequenos grupos sociais seja no contexto das grandes corporações. Quando trabalho com líderes, costumo avisar, meio em tom de brincadeira, mas sabendo que é absolutamente verdadeiro: o que vamos fazer aqui vai impactar em sua casa e em todas as suas relações. Isso é totalmente regenerativo.

E o livro do Daniel fala disso. Par mim, tem sido uma possibilidade de trazer novas perspectivas ao que venho estudando, ampliando minha visão sobre alguns conceitos e me estimulando a novas conexões. Regenerar a Terra, passa pela regeneração de cada um de nós e dos modelos a partir do qual temos vivido. Daí a importância de se desenhar culturas que permitam esse movimento. Lembro agora de uma fala do Otto Scharmer, criador da Teoria U, em que apontava alguns pontos imprescindíveis a sustentação de um movimento de transformação. Mencionava a importância de ferramentas ou metodologias, mas afirmava, em seguida, que a manutenção de um espaço de confiança e apoio que possa reduzir as resistências ao processo, em muitos contextos, é o grande fator de sucesso.

Estamos todos conectados, como o próprio autor escreve: “Quando começarmos a cuidar dos outros (tanto de humanos quanto de outras espécies) da mesma forma que cuidamos de nós mesmos, perceberemos que a experiência de um eu apartado é uma perspectiva limitada e que somos de fato seres relacionais em um mundo no qual uma coisa afeta todas as outras e, assim, cuidar dos outros é cuidar de nós mesmos. A palavra “indivíduo” nos lembra que somos indissociáveis do todo. Somos partes e expressões integrais de vida.”

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